domingo, 10 de fevereiro de 2008

REVISTA n. 1

ÍNDICE:

ARTIGO DO MÊS: “A LEI DA ATRAÇÃO E O PODER INTERIOR”

CANTINHO DO AUTOCONHECIMENTO: “A AUTO-IMAGEM”

METAFÍSICA

AFIRMAÇÕES POSITIVAS: “EXERCÍCIOS DE AUTO-ACEITAÇÃO”.

FLORAIS DE BACH

AGENDA: CURSOS

OSHO: UM MESTRE EM AUTO-AJUDA: “EGO O FALSO CENTRO”

DICAS: “TESTE DE PERSONALIDADE”

MOMENTO PARA REFLETIR: “NOS FIZERAM ACREDITAR”

ESPAÇO DO LEITOR




ARTIGO DO MÊS


“Criamos a realidade segundo nossas crenças subconscientes. A Lei da Atração está constantemente dando forma a todas as suas escolhas. Concretizando, não somente seus pensamentos, mas criando circunstâncias que refletem o seu estado interior. O acaso não existe, assim como a vida funciona sob uma Lógica.
A vida tem suas Leis e Mecanismos, e sofremos sempre que caminhamos no fluxo contrário.
Em Metafísica, estudamos e investigamos as causas das circunstâncias, como também a dinâmica da alma e as Leis Universais. Para que a Lei da Atração passe a atuar favoravelmente, é de vital importância que aprenda à focar seus pensamentos em uma única direção. A confusão mental em que a maioria das pessoas se encontra, envia sinais contraditórios ao Universo, e por essa razão as coisas parecem nunca se concretizarem.
É provado que somos os construtores do nosso destino, e não vítimas como nos imaginamos no passado. Percebo que é bastante difícil, para a maioria das pessoas assumirem essa “responsabilidade”, porque estão acostumadas, a verem a si mesmas como criaturas frágeis e dependentes, encontrando em Deus, ou na visão do “karma”, a explicação para suas aflições.
Não consigo conceber como real, a idéia de um Deus cruel, que primeiro dá o livre-arbítrio a seus filhos, para depois os punir, sempre que não fizerem as escolhas de acordo com a Sua Vontade (moral). Se existe um jeito certo de escolher, para que o livre-arbítrio? Para mim não faz sentido!
Creio que se para cada ação existe uma reação, cada escolha que fazemos, gera um resultado. O problema é que não temos consciência, de que à cada instante, fazemos escolhas. Como vivemos a maior parte do tempo, envolvidos com as “loucuras da nossa mente” (projetados no passado ou no futuro), geralmente inconscientizamos o momento presente, e assim, continuamos escolhendo de acordo com as nossas crenças subconscientes, que na maioria das vezes são negativas. Dessa forma, os resultados são sempre os mesmos: continuamos a atrair as situações das quais desejamos nos livrar.
Você já notou como uma área da sua vida, sempre lhe traz os mesmos problemas? Como se as situações acabassem sempre do mesmo jeito?
Se você tiver a coragem de olhar para dentro de si, perceberá que nessa área, suas crenças são limitadoras e negativas.
Aquilo que chamamos de “karma” é na verdade, a Lei da Ação e Reação, nos mostrando que continuamos a acreditar nas mesmas coisas, ou seja, que não aprendemos a agir de uma maneira mais positiva.
Quanto à idéia de que, por termos feito algo muito ruim à alguém no passado, hoje precisamos sofrer, é apenas a confirmação da crença no mal e no castigo.
E assim, o Universo nos traz os castigos que acreditamos merecer.
A Natureza não castiga ninguém; porque castigar-nos, seria castigar a Si mesma, já que somos uma Forma de Sua Expressão.
É evidente que em algum lugar no passado, cometemos muitos atos irracionais, fizemos muitas coisas condenáveis e cruéis, assim como, certamente fomos vítimas de muitas maldades. Mas, eu acredito que a Natureza protege a ignorância (inocência), e que não é Ela quem nos pune, mas, nós mesmos.
Ao longo da vida, nos sentimos muito magoados e frustrados com muitas pessoas e por que não cometemos um ato de crueldade? Simplesmente porque hoje, temos a consciência de que esse não é o melhor caminho. No passado, não tínhamos essa consciência. Como você pode ser punido, por aquilo que foi no passado, se você já não é o mesmo?
Portanto, continuar acreditando em “karma”, é também uma escolha, que atrai suas formas correspondentes.
Acredito que temos inteligência o bastante, para questionar todos os conceitos que simplesmente mantivemos, porque não conhecíamos outros.
Um outro fator, de grande importância, é acreditarmos que somos impuros ou imperfeitos. Como podemos ser impuros, ou pecadores, se tudo aquilo que é considerado pecado, são impulsos e instintos inerentes ao homem? Por que o sexo é pecado, se a Natureza nos deu o impulso (desejo) e o prazer? Por que o prazer?
Percebo que tudo aquilo que nos faz bem, é acompanhado por um prazer natural. Gostamos de sexo, de coisas bonitas, de dinheiro (possibilidades) e por que temos que nos privar de tudo isso? Quanto ao sexo, algumas pessoas conseguem substituí-lo por outras coisas prazerosas; mas você já notou uma maior evolução espiritual em indivíduos miseráveis, que mendigam pelas ruas? Não lhe parece uma doença da Alma?
O dinheiro é neutro, somos nós, quem damos sentido a ele.
Portanto, a Lei da Atração exige de nós, uma profunda revisão interior em nossas crenças, já que o que se manifesta em nossa realidade, não é o que pensamos por alguns instantes, mas, o que verdadeiramente acreditamos!
Você poderá assistir ao filme: “O Segredo”, milhões de vezes, assim como, poderá ler tudo a respeito da Lei da Atração e isso não mudará nada em sua vida. A teoria habita uma zona superficial da mente, e logo se torna inconsciente (esquecimento). É preciso disposição e dedicação para iniciar uma jornada interior de auto-observação e reformulação das velhas crenças.
Comece por observar uma área da sua vida em que você tenha facilidade com as coisas, uma área em que tudo acontece com maior facilidade. Perceba suas crenças, perceba como você se sente em relação a ela e como age.
Depois, passe para uma em que encontre dificuldades e faça uma lista do que você acredita em relação a ela. Por exemplo, caso o seu problema esteja na área financeira, a primeira coisa que precisa identificar é o padrão de comportamento dos seus pais em relação ao dinheiro e o que você ouvia deles acerca disso.
É muito provável que eles mantinham também, crenças limitadoras. Anote tudo e perceba como essas crenças se tornaram suas. Continue buscando em seu interior, não somente crenças, como também as suas próprias sensações em relação ao dinheiro (frustração, humilhação, raiva, medo, etc.). Agora perceba que é exatamente assim, que as circunstâncias se apresentam: elas fazem com que você continue confirmando esses pensamentos e essas sensações.
Tendo descoberto as causas, chegou o momento de começar a revertê-las. Crie uma frase positiva, que seja completamente contrária a esses pensamentos e a essas sensações. Por exemplo: “O dinheiro vem a mim com facilidade”, ou qualquer outra que corresponda ao contrário daquilo que você crê. Mantenha essa frase em sua mente, repetindo-a várias vezes, especialmente em frente ao espelho ao acordar e na cama antes de adormecer. Repita-a até que comece a sentir a alegria de ter o dinheiro vindo com facilidade.
Isso, porém, não basta. Esteja atento durante o dia, sobre seus pensamentos acerca do dinheiro e sempre que surgirem sensações ruins volte a repetir a frase. Além disso, preste bastante atenção aos seus diálogos com as outras pessoas. Não comente sobre os seus problemas, não pense sobre eles, não acredite neles!
Seja lá qual for a área da sua vida que represente um desafio, isso significa que essa área precisa de crenças mais positivas, de amor e de gratidão.
Sobre as crenças mais positivas já comentei, quanto ao amor, significa que naquela área você precisa de mais amor por si mesmo. Talvez você não se sinta tão merecedor, talvez acredite que haja algo de errado consigo, talvez uma situação traumática do passado tenha lhe feito sentir medo de sofrer outra vez, talvez você tenha mágoa ou tenha guardado alguma mágoa. Seja lá o que for, isso indica que você precisa se dedicar mais amor. Junto com a frase que escolher afirmar, é importante que afirme: “Me amo, me aceito e me permito ser feliz”. Olhe em seus olhos no espelho todos os dias e diga isso. Uma sensação maravilhosa começará a surgir em seu interior.
Quanto à gratidão, ela é a cura para todos os nossos males. Comece à dedicar atenção à tudo aquilo que você tem e não ao que não tem. Quanto mais agradecemos, mais o Universo nos dá motivos para agradecer. Ao menos uma vez ao dia, AGRADEÇA!
Tenha paciência e persistência, lembrando que não podemos mudar do dia para a noite, algo que alimentamos em nosso interior, por toda a vida. Tudo tem seu tempo próprio para acontecer. Não queira controlar a Vida, deixe que o Universo lhe traga os resultados. Seu papel é apenas manter a fé (certeza interior e dedicação).

Perceba que temos uma visão distorcida da nossa própria natureza; não sabemos de verdade quem somos, nem tampouco conhecemos nosso Poder Interior. O autoconhecimento assim como a meditação e as afirmações positivas são de vital importância, pois o indivíduo que conhece a dinâmica do seu Ser e de suas emoções, alcança a consciência de suas escolhas e, conseqüentemente, constrói para si circunstâncias favoráveis. Assim como nos dedicamos a aprender muitas coisas desde o nosso nascimento, precisamos nos dedicar ao aprendizado do controle mental e emocional. Eis o desafio da Nova Era!”“

Saiba que você não é a sua mente, assim como sua mente não reflete quem você é de verdade. Você é um Ser Eterno repleto de potencialidades e poder. Existe em seu interior uma Essência Infinita que deseja torná-lo feliz e realizado. Nesse espaço, estão todas as suas respostas, todas as soluções, todo o sentido de existir, a paz, o equilíbrio, a prosperidade, a saúde e a alegria, que são seus por direito natural. Não nascemos para sofrer e isso acontece quando nos desconectamos de quem essencialmente somos. Por isso, descubra-se, faça suas escolhas com consciência e sinta-se merecedor do melhor!


Adely Branco


CANTINHO DO AUTOCONHECIMENTO

A auto-imagem

(Adely Branco)



A Auto-imagem é o conjunto de idéias, conceitos, opiniões e imagens que alguém tem de si mesmo, bem como a imagem que supõe projetar para os outros. O estudo da auto-imagem é relevante para várias linhas de pesquisa do ser humano, na medida em que a imagem que um indivíduo tem de si, determina importantes aspectos de seu comportamento, notadamente a forma com que se relaciona com os outros.

Por exemplo, pessoas com uma auto-imagem depreciativa tendem a formar mecanismos de defesa para diminuir seu sofrimento psíquico, dentre os quais destacam-se:


* Buscar insistentemente a aprovação alheia.
* Competir em diversos contextos no anseio de reverter sua auto-imagem depreciativa.
* Esquivar-se de interações sociais ou situações novas para não ver sua auto-imagem negativa reforçada.
* Assumir posturas artificiais e inautênticas na intenção de melhorar a imagem que projetam.
* Esconder a todo custo seus erros para não sofrer maiores danos à auto-imagem.


Já pessoas com uma auto-imagem distorcida para mais, tendem a ser presunçosas, míopes quanto a seus próprios equívocos e predispostas à personalizar excessivamente tudo o que fazem, ou seja, tomam a si mesmas como medida de tudo.

Uma pessoa com auto-imagem realista está mais apta aos desafios da vida e ao bom relacionamento humano, pois seu comportamento é coerente com a idéia que faz de si, o que lhe permite uma autoconsciência mais apurada, e assim, pode mais facilmente corrigir seus erros, e ter satisfação em suas conquistas.

Temos uma imagem do que somos, mas, infelizmente, na maioria das vezes, ela não é real. Compomos a imagem de quem somos, à partir do que ouvimos à nosso respeito, e assim, nos vemos através do que os outros viram em nós.
Como, a maioria de nós, está completamente envolvido, pela visão limitada do EGO, nos supomos pequenos e frágeis, e muito menos capazes, do que realmente somos.
O EGO, busca sua imagem na aprovação alheia , e somente quando permitimos que nossa Alma,se comunique conosco, é que passamos à acessar nosso PODER INTERIOR
Pois então, se até hoje você só deu atenção ao que sua cabeça disse, é muito provável, que pouco saiba, sobre seu verdadeiro modo de ser.
Nossos pais e educadores, fazendo o melhor que sabiam, nos puniram e nos castraram em nome do “amor”. Quantas vezes fomos castigados e rejeitados, por mostrar nosso verdadeiro modo de ser?
É provável que hoje, você julgue à si e à vida, como as pessoas com as quais você se identificou, faziam.
Se prestar bastante atenção, pode ser que seu modo de manifestar raiva, por exemplo, se assemelhe muito ao da sua mãe, do seu pai ou de alguém importante, em sua infância.
Muito do que pensamos, “achamos”, fazemos e julgamos, é algo que aprendemos e hoje reproduzimos, “automaticamente”.
Assim, se você foi uma criança bastante criticada, é provável que hoje, você tenha esse hábito consigo e com os outros, e é provável não ter consciência disso.
Observando, sem julgamento, o comportamento dos “adultos” de sua infância, terá a oportunidade de descobrir muito acerca de si mesmo.
Lembre-se das críticas, dos “rótulos”, e saiba que de uma forma ou de outra, esses conceitos acabaram por se integrar à sua “auto-imagem”.
Perceba que em nossa cultura, valorizamos a “punição” e o castigo, como métodos de educação. Fomos julgados e rotulados por nossos atos, por nossos erros. Fomos recompensados, abraçados, aceitos e acariciados, sempre que conseguimos ser “bonzinhos” (atendemos ao que esperavam de nós), enquanto que, fomos rejeitados, rotulados, agredidos e humilhados, quando não conseguimos atingir os altos padrões de perfeição, estabelecidos para nós, ou, quando fizemos tentativas de realizar as coisas, à nosso modo.
Portanto, até hoje valorizamos o “padrão ideal”, enquanto que, a individualidade e a espontaneidade, são desprezadas ou consideradas formas de “rebeldia”. Por que as pessoas autênticas precisam ser vistas, como “esquisitas”, “estranhas” ou “deficientes” em algum aspecto?
Fomos algumas vezes, comparados em desempenho, com nossos primos e vizinhos, e aprendemos que devemos sempre nos comparar às pessoas.
Alguns, ao fazerem essa comparação, lutam desesperadamente, e frustram-se (naturalmente!), ao perceberem que sempre alguém é “melhor”, ou terá mais atributos admirados por todos. Entre comparações e frustrações, a inveja, que no fundo significa, achar que a outra pessoa não merece o que possui, ou, que merecemos mais do que ela.
Quantas vezes você foi incentivado a fazer algo, ainda que tivesse que recomeçar no final? Não fomos incentivados a ver o erro, como um mecanismo de aprendizado. E até parece que errar, ou se enganar, à respeito de algo, significa assumir um “quê” de desvalorização em sua “imagem social”. Somos completamente aversos ao erro, às tentativas, e vivemos na ilusão arrogante de que TEMOS que saber tudo, e acertar sempre, porque errar é uma coisa para os fracos.
Como errar faz parte do processo de viver, a cada vez que erramos, ou não fazemos a melhor escolha, costumamos nos castigar, nos abandonar, nos privar do que gostamos, ainda que de forma inconsciente; exatamente como um dia fizeram conosco. Não sabemos nos apoiar, nem conseguimos perdoar à nós mesmos, somos os primeiros à nos castigar.
É claro que não fazemos tudo isso de maneira consciente! Afinal, conscientemente, ninguém quer sofrer, mas, a “imaturidade” que nos leva a continuar culpando algo externo pela nossa infelicidade, nos impede de não mais sofrer. Ainda que não tenhamos consciência, ao “escolhermos” responsabilizar um fator externo, pela Lei do Livre-Arbítrio, estamos “aceitando” as conseqüências dessas escolhas, que na maioria das vezes, são dolorosas.
Enquanto culpamos os outros, nos igualamos à uma criança que continua se expondo ao perigo que já a feriu, é uma atitude “imatura”, um oculto desejo por comodismo, ou, por simplesmente “não querer ver”. Mas, o fato, é que escolhemos sofrer, e essa escolha só é possível, quando agimos impulsionados pelo EGO (o ego não aceita mudanças, teme o novo e o inesperado, e se considera o mais “perfeito dos mortais”).
Alguns preferem se ausentar da vida, se distraindo com trabalho, ou qualquer outra coisa que lhe tome bastante tempo, assim, não correm o risco de errar. Quando nos fechamos para os riscos que significam viver, nos isolamos do processo da Vida e adoecemos na Alma.


Depois de experiências bastante difíceis, decidi aprender que:



· Ninguém é culpado de nada, tudo é como deve ser.

· Não acredito que alguém tente me ferir, ou me fazer mal, acredito que tudo que se materializa em minha vida, é algo que preciso “ver”, porque certamente à nível emocional, eu inconscientizei.


· Não me sinto vítima de situação alguma, sei que tudo que vivo, eu mesma criei.

· Aprendi, que as pessoas não tem defeitos, eu é que não estou conseguindo olhar para dentro de mim, e tudo é como deve ser.


· Compreendi que ninguém pode me iludir, me maltratar, me rejeitar, me irritar, me aborrecer, me magoar; eu faço isso comigo e me recuso a ver, e ninguém pode entrar dentro do meu ser, e me colocar um sentimento em meu coração, portanto: eu me irrito, me magôo, me aborreço, me rejeito, etc.

· Aceitei que todas as vezes que suporto algo, é porque tenho um interesse oculto, ou consigo ver uma “vantagem”, pois ninguém se submete à nada, se não houver um sentido, de compensação. Não somos tão “santos” como gostamos de aparentar!


· Compreendi que tenho o direito de sentir, o que eu quiser: me permito a raiva, a tristeza, mas, não permito que sejam “armas” em minhas mãos, contra mim ou contra alguém: programei meus pensamentos para me avisarem , quando eu estiver passando dos limites; e como tenho muito respeito pelo que sinto, aceito esses pensamentos e me calo. Entendo que a raiva serve para “delimitar meu território”, para me dar coragem e força de ação, mas, que não posso me consumir nela, então, depois de me posicionar perante a situação, arranjo uma maneira de descarregar essa energia de meu corpo astral e físico: saio para caminhar, danço, faço faxina, etc), sei apenas que não posso fingir que a energia não existiu, e depois sair por aí, descarregando contra o primeiro que cruzar meu caminho, estragando meu humor ,ou, me trazendo sensações negativas à meu próprio respeito.




Quando você tira a força que deu para os outros, sente-se incansável e tão capaz, como nunca esteve antes.
Portanto, se sua auto-imagem está em baixa, lembre-se de que as conclusões que criou a seu respeito, à partir do que lhe disseram, não correspondem à verdade. Assim como, todas as opiniões, comentários e críticas que lhe magoaram, não retrataram seus erros, mas, as expectativas das pessoas, que você não atendeu.
Em muitas coisas que você acredita ter “errado”, porque disseram que errou, o que “doeu” de verdade, foi ter que dar o “braço à torcer”, não foi? Porque a experiência certamente lhe trouxe algumas coisas boas, enquanto “deu certo”.
Portanto, procure não se culpar por nada, você nunca errou, apenas experimentou! Perceba as sensações que essas palavras lhe despertam, se ficar repetindo-as por alguns minutos.
Esse é um momento de “desaprender”, questionar, cada conceito a seu próprio respeito e se permitir olhar à si mesmo, com olhos “mais amigos”, e assim, começar à se descobrir.
Tudo aquilo que faz você se julgar menos, ou incapaz, infeliz, ou solitário, um “pobre coitado” ou qualquer outra coisa assim, está baseado no que disseram que você era, e não realmente no que você é. Assim como você não é mais aquela pessoa que foi no passado.
Em nossa cultura cristã, aprendemos que é bonito sofrer, que não somos nada e que devemos valorizar os outros, que auto-estima é arrogância, que auto-respeito é egoísmo, e que somos pecadores e impuros.
Não acreditamos em nossas próprias opiniões, como se houvesse algo que não fosse digno de confiança, dentro de nós. Desconfiamos das nossas vontades e impulsos e aprendemos a ter olhos de malícia para tudo aquilo que nos dá prazer, como se tivéssemos que desconfiar da natureza em nosso interior que têm “vontades”.
Negligenciamos nossa posição e nossa opinião, em nome da “paz”, e depois dizemos que fomos “usados”.

Somos adultos na razão e crianças nas emoções e sentimentos, precisamos equilibrar tudo isso!
À partir de hoje, permita-se olhar à si mesmo, com mais ternura e compaixão, não faça julgamentos à seu respeito, apoie-se como gostaria que os outros o fizessem, ame-se, valorize-se, dê a devida atenção à suas reais necessidades, e verá como sua vida se tornará uma deliciosa aventura!!!



METAFÍSICA


Metafísica significa “aquilo que está além da física”, ou além daquilo que podemos ver ou tocar.
É um termo associado à: Magia, Fenômenos Espirituais, Energia Sutis, etc. Não é uma associação equivocada, afinal são fatos “além da física”, portanto, Metafísicos.

A Metafísica está também associada à busca das “causas” geradoras das situações em nossas vidas. É uma forma de “observação da vida”, compreendendo que somos plenamente responsáveis por nós e por nossas escolhas. A vida não é um jogo, aonde uns tem sorte e outros não, nem tão pouco somos filhos de um Deus Vingativo e Cruel que “castiga” os desobedientes. Vivemos segundo nossas crenças e emoções.

No entendimento da Alma e de suas manifestações, respeitando nossa natureza particular, ao invés de reprimi-la, alcançamos o sentido de viver.

Quando somos corajosos o bastante para acreditar em nós, como os “escritores” do nosso próprio destino, e decidimos parar de responsabilizar a magia, Deus, o azar, a inveja ou, as pessoas; por nossas infelicidades, experimentamos uma incrível liberdade interior, as coisas passam a fazer sentido, o temor da ameaça constante que uma “Força Superior” venha a nos punir, desaparece completamente e surge um sentimento de Força Interior, segurança, confiança e paz.

A sensação é maravilhosa, quando conseguimos, de coração, tirar Deus lá de cima, e compreender que Ele existe através de nós, que ocupa uma parcela de nosso ser, que se expressa através de nós e que Deseja realizar algo, através de nós.

Experimente por um momento, em sua imaginação, criar a idéia de que Deus lá em cima, julgando à todos nós, não existe, é apenas um conceito político, envolvendo muitos jogos de poder.

Pode ser que alguns pensamentos o estejam julgando, ou haja em seu interior um vago temor. Porém, por quanto tempo você rezou, rezou, rezou, pela solução de algo, que não se realizou? E os problemas que se repetem em sua vida, porque eles não se resolvem? Já notou que há situações que se repetem: mudam apenas os “personagens”?

Será que a maneira que lhe ensinaram a rezar tem realmente lhe ajudado a alcançar a paz interior?

Tente pensar em Deus em você e através de você. Procure sentir como seu corpo reage à esse pensamento.
O que sua cabeça diz? E seu corpo, como se sente?

Pensar que Deus não existe lá em cima, o faz sentir livre? Sozinho? Apavorado? Confiante?
E pensar que Ele existe em seu interior, como o faz sentir?
Na visão Metafísica, a “Força Criadora”, ou “Deus”, existe em através de nós e através de todas as Formas de Sua Expressão.

Desenvolver a visão Metafísica significa encarar cada situação, como o produto final, de atitudes interiores contra ou a favor de si. As situações que experimentamos hoje são o resultado dos nossos pensamentos passados, assim como nos pensamentos do presente, estamos construindo as situações que experimentaremos no futuro.

É simples assim...o que penso, falo e sinto hoje, está criando meus momentos futuros.

Se puder, grave uma conversa sua ao telefone, ou mesmo uma conversa com um amigo, e ficará surpreso, com a negatividade e o pessimismo, contidos na maioria das suas frases.

É apenas uma questão de treinamento e disciplina...

Os resultados compensam os esforços.

Jung resumiu bem tudo isso, numa única frase: “É com freqüência trágico, ver o quão evidentemente um homem estraga a própria vida e a vida dos outros, e ainda assim, permanece totalmente incapaz de ver que toda a tragédia tem origem nele mesmo, e como continuamente a alimenta, a mantém em curso.
Não conscientemente, é claro-pois conscientemente ele está engajado em lamentar um mundo cruel que se perde cada vez mais na distância. Antes é um fator inconsciente que tece as ilusões que vela o seu mundo.”




AFIRMAÇÕES POSITIVAS


As afirmações positivas são uma poderosa ferramenta de transformação das crenças subconscientes.
Existem diversas maneiras de realizá-las, mas basicamente, consiste em impressionar o subconsciente com a repetição (com sentimento), de uma frase positiva.
O trabalho em frente o espelho é muito importante. Tive a oportunidade de presenciar milagres com a repetição diária em frente ao espelho da simples frase: “Me amo, me aceito e mereço ser feliz”.
Isso não significa que deva se tornar um ato mecanizado e sem sentimento, ou uma obrigação. Dessa forma, você alcançará poucos resultados. O importante é que haja um comprometimento prazeroso, com seu desejo de se curar ou curar algum setor de sua vida.
Nesse mês, apresento essas afirmações dessa maravilhosa escritora.
Escolha a que mais lhe chama a atenção e dedique um tempo, diariamente para estar consigo, em silêncio. Relaxe feche seus olhos, esteja atento à sua respiração, e comece a repetir a afirmação que escolher. Faça isso com carinho, ignorando os pensamentos contraditórios que por ventura tenham surgido. Simplesmente os ignore, eles passarão. Continue até que em seu corpo, se apresentem sensações agradáveis e amorosas. Agradeça e retome em algum outro momento do dia.
Ao acordar e antes de adormecer são os melhores horários, pois seu subconsciente estará mais acessível.
Além disso, essa prática nesses dois períodos, nos garante um dia mais harmonioso e uma noite de sono revigorante.
Pode ser que no início da prática, surjam sensações de tristeza e você sinta a necessidade de chorar. Permita que isso aconteça. Certamente eram sentimentos que estiveram reprimidos dentro de você.
Na próxima edição, falaremos mais sobre as afirmações positivas.





EXERCÍCIOS DE AUTO-ACEITAÇÃO

(Louise Hay )



Olhe-se no espelho e diga: "Me amo e me aceito exatamente como sou”.
O que lhe vem à mente? Observe como se sente. Quem sabe não seja esse o ponto central dos seus problemas.


ACEITO TUDO O QUE SOU


O mais importante no processo de nos curarmos ou nos integrarmos, de um modo geral, é aceitarmos totalmente à nós mesmos, com todas as nossas múltiplas partes. Devemos aceitar quando acertamos e quando não fazemos algo tão bem assim, quando temos medo e quando demonstramos nosso amor, quando nos comportamos de maneira inadequada e quando nos mostramos brilhantes e engenhosos, quando fracassamos ou quando ganhamos.
Todas essas são distintas facetas de nós mesmos.
A maior parte dos nossos problemas, provém do fato de que rejeitamos partes de nós mesmos: não nos amamos total e incondicionalmente.
Que o olhar que estendemos ao nosso passado, não seja jamais de vergonha. Olhemos o passado vendo a riqueza e a plenitude da Vida. Sem essa riqueza e esta plenitude, não estaríamos aqui onde estamos agora.
Quando nos aceitamos totalmente nos convertemos em seres íntegros e sadios.

SE VOCÊ NÃO SE AMA, DE MANEIRA TOTAL, INTEIRA E PLENAMENTE, É PORQUE EM ALGUM MOMENTO APRENDEU A NÃO SE AMAR. PORÉM, VOCÊ PODE DESAPRENDÊ-LO.
COMEÇE SENDO AMÁVEL CONSIGO, AGORA MESMO.





ACEITO TUDO QUE CRIEI PARA MIM MESMO (A)


Me amo e me aceito exatamente como sou. Apóio-me, confio em mim e me aceito em qualquer condição.
Posso viver dentro do amor do meu próprio coração e sinto o amor que há nele.
Sei que nele há muito espaço para me aceitar da maneira que sou agora.
Aceito meu corpo, meu peso, minha altura, meu jeito de ser, minha sexualidade e minhas experiências. Aceito tudo o que criei para mim mesmo(a). Meu passado e meu presente. Estou disposto (a) a deixar que meu futuro, simplesmente aconteça.
Sou uma Expressão Divina e Magnífica da Vida, e mereço o melhor de todo o melhor.
E eu o aceito para mim agora. Aceito os milagres. Aceito a cura. Aceito a tranqüilidade. E, sobretudo, aceito a mim mesmo (a). Sou um ser único e valioso e me reconheço como tal. E assim é.

SE ESPERARMOS UM TEMPO DE PERFEIÇÃO, PARA COMEÇARMOS A NÓS AMAR, PERDEREMOS A VIDA INTEIRA. JÁ SOMOS PERFEITOS, NO AQUI E AGORA!




SOU PERFEITO(A) DA MANEIRA QUE SOU


Não sou demais nem de menos. Não tenho que demonstrar quem sou a ninguém.
Sei que sou a perfeita expressão da Unidade da Vida.
Na infinidade da Vida tenho muitas identidades, cada uma delas é uma expressão perfeita para aquela vida em particular.
Estou feliz em ser quem sou e a personalidade que tenho nessa vida.
Não desejo mais ser igual à nada ou à ninguém. Sou perfeito como sou aqui e agora.
Sou suficiente para o que preciso desenvolver.
Sou Uno (a) com a Totalidade da Vida. Não tenho que lutar para ser melhor.
Tudo o que preciso é amar-me hoje mais que ontem e aprender a me tratar como à um ser profundamente amado. Ao ser querido (a) por mim mesmo, sinto florescer júbilo e beleza em meu interior. O amor é o alimento que necessitamos para que se possa manifestar nosso poder.
Ao aprender a amar à mim mesmo, mais aprendo a amar às pessoas. Juntos alimentamos um mundo cada vez mais harmonioso.
Todos nos curamos e o planeta se cura também. Reconheço minha perfeição e a perfeição da Vida. E assim é.


ABRO NOVAS PORTAS NA VIDA


Imagine-se de pé no corredor da Vida e detrás de você começam a se fechar diversas portas do passado: coisas que já não faz mais, nem diz, nem pensa, experiências que já não vive, pessoas que não fazem mais parte da sua vida.
Na sua frente, imagine que existam muitas outras portas, e cada uma que se abre, representa uma experiência nova. Esqueça o passado. À medida que você caminha, perceba como vão se abrindo diversas portas, cada uma significando uma experiência maravilhosa que você gostaria de ter.
Confia em teu guia interior, que lhe conduzirá da melhor maneira possível, e pense que seu crescimento espiritual acontece constantemente.
Não interessa que portas se abram e quais se fechem, você sempre estará seguro, porque você é eterno. Você seguirá passando constantemente de uma experiência à outra, e lembre-se que quando estiver com medo, é porque não está confiando no processo da Vida lhe protegendo. A próxima vez que sentir medo diga: "Confio no processo da Vida que cuida de mim”.



FLORAIS DE BACH


Os Florais de Bach foram desenvolvidos na década de 30, pelo médico inglês Edward Bach.
A partir de suas meditações e de um profundo estudo das leis da natureza, das propriedades
das plantas e das forças curativas que anima os seres vivos, percebeu que as doenças não
são exatamente provocadas por agentes físicos- como vírus e bactérias. A causa fundamental
está na desarmonia interior cuja origem está nos conflitos entre a personalidade e a Alma.
Para Dr. Bach, o medo, o egoísmo, o ódio, o orgulho, a ambição, o desrespeito às leis
da natureza íntima, são as causas verdadeiras das doenças.
Dessa forma, os Florais não tratam os efeitos (as doenças), mas suas causas emocionais.
Os Florais são excelentes auxiliares no tratamento de todas as doenças e distúrbios.
Alguns sintomas tratados pelos Florais: ansiedade, insônia, medo, hipersensibilidade (mediunidade),
angústia, depressão, insegurança, inflamações, dores, Síndrome do Pânico, obesidade,
distúrbios alimentares, irritação, stress, mau comportamento das crianças e animais, etc.
Segundo Dr. Bach, “a ação dos florais consiste em elevar nossas vibrações e abrir nossos
canais para a recepção do EU ESPIRITUAL; em inundar nossa natureza com a virtude
particular de que precisamos e em expurgar de nós o erro que causa o mal. Elas são
capazes, como uma bela música ou qualquer outra coisa gloriosa, que nos eleva e inspira,
de alçar nossa própria natureza, de aproximar-nos de nossa alma e, por esse ato, de
dar-nos paz e aliviar nossos sofrimentos. Elas não curam atacando a moléstia, mas
inundando-nos o corpo com as formosas vibrações da nossa Natureza Superior, na presença
das quais a moléstia se derrete, qual neve ao calor do sol."

Dr. Bach dizia que este tratamento seria a Medicina do Futuro. Acreditava que a doença
era resultado do conflito entre a alma e a mente (personalidade) e que só seria
erradicada por meio de esforços mentais e espirituais. Acreditava que a atitude mental
tinha um papel vital na manutenção e na recuperação da saúde.
Seguindo a intuição, ele descobriu que as flores silvestres transmitem a energia da
natureza, capaz de anular os sentimentos negativos, restaurando o nosso equilíbrio
físico, mental e emocional.

A filosofia do Dr. Bach, assim como sua própria vida, baseiam-se na simplicidade.
Ao longo de todos os anos de pesquisa e trabalho, Dr. Bach encontrou nas 38 essências
Florais, por ele descobertas, o benefício para todos os tipos de pessoas.
Observou características humanas, em estado transitório ou crônico e buscou na
natureza agentes de equilíbrio.

Até o momento, não existe explicação sobre o modo de ação dos florais capaz de satisfazer
aos critérios científicos atuais. Tem sido oferecidas hipóteses baseadas na química
molecular, na cibernética e na física para explicar outros sistemas de cura.
Considerando-se a expansão rápida do conhecimento nesses campos, será uma questão de tempo
poderem também as mudanças de energia produzidas por métodos holísticos serem medidos e
demonstrados em processos científicos.

Devemos lembrá-lo, que os Florais são complementares e não substituem o tratamento médico.
Eles fornecem equilíbrio energético e emocional, facilitando a transformação interior necessária,
para que haja êxito em qualquer tipo de tratamento convencional.
Toda cura, é um processo de auto-cura. O indivíduo obtém a cura quando se compromete com
o tratamento, quando intimamente deseja e acredita na cura.
Sabe-se que o índice de sucesso em qualquer tratamento é maior, quando o paciente sente-se
participante em seu processo de cura; ao contrário daqueles, que esperam que o profissional
de saúde, simplesmente resolva os seus problemas.



“A doença é única e puramente corretiva, nem vingativa, nem cruel, é o meio adotado
pelas nossas próprias almas para mostrar-nos os nossos erros, impedir-nos de cometer
erros maiores, obstar a que façamos mais mal e trazer-nos de volta ao caminho da Verdade
e da Luz, do qual nunca deveríamos ter saído.” Dr. Edward Bach


"Não haverá cura verdadeira se não houver mudança na aparência, na paz de espírito
e felicidade.” Dr. Bach



* A cada próxima edição, uma essência em destaque, confira!




OSHO: um mestre em Auto-Ajuda

EGO, O FALSO CENTRO


O primeiro ponto a ser compreendido é o ego.
Uma criança nasce.
Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é dela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é do outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora.
O nascimento é isso.
Nascimento significa vir a este mundo, o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce neste mundo. Ela abre seus olhos, vê os outros.
O "outro" significa o tu.
Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Este também é o outro, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo.
É desta maneira que a criança cresce.
Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, tu, ela se torna consciente de si mesma.
Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que esta pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se ela aprecia a criança, se diz: "Você é bonita", se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma.
Agora um ego está nascendo.
Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo.
Mas esse centro é um centro refletido. Ela não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito.
E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida; sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é o ego. Isso também é um reflexo.
Primeiro a mãe - e mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas.
O ego é um fenômeno acumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não.
O verdadeiro pode ser conhecido somente através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ela é uma disciplina. O verdadeiro pode ser conhecido somente através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.
O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia.
Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá para a escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estão adicionando algo ao seu ego, e todos estão tentando modificá-lo, de tal forma que você não se torne um problema para a sociedade.
Eles não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade.
A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Elas não estão interessadas no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão.
Assim, estão tentando dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade.
Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajustará à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro.
É por isso que colocamos os criminosos nas prisões - não que eles tenham feito alguma coisa errada, não que ao colocá-los nas prisões iremos melhorá-los, não. Eles simplesmente não se ajustam. Eles criam problemas. Eles têm certos tipos de egos que a sociedade não aprova. Se a sociedade aprova, tudo está bem.
Um homem mata alguém - ele é um assassino.
E o mesmo homem, durante a guerra, mata milhares - e torna-se um grande herói. A sociedade não está preocupada com o homicídio, mas se o homicídio for praticado visando os interesses da sociedade - então tudo estará bem. A sociedade não se preocupa com moralidade.
Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade.
Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda.
Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente.
A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes.
A sociedade não está interessada no fato de que você deveria chegar ao autoconhecimento.
A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o Eu - não é possível!
E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela sociedade.
Uma criança volta para casa - se ela foi o primeiro aluno de sua classe, a família inteira fica feliz. Você a abraça e a beija, e você coloca a criança no colo e começa a dançar e diz: "Que linda criança! Você é um motivo de orgulho para nós”.Você está dando um ego a ela. Um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, um fiasco - ela não pôde passar, ou ela tirou o último lugar - então ninguém a aprecia e a criança sente-se rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado.
O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. É por isso que você está continuamente pedindo atenção.
Ouvi contar:
Mulla Nasrudin e sua esposa estavam saindo de uma festa, e Mulla disse: "Querida, alguma vez alguém já lhe disse que você é fascinante, linda, maravilhosa?"
Sua esposa sentiu-se muito, muito bem, ficou muito feliz. Ela disse: "Eu cheguei a acreditar no oposto, porque nunca ninguém me disse isso...”.
Nasrudin disse: "Mas então de onde você tirou essa idéia?”.
Você obtém dos outros a idéia de quem você é.
Não é uma experiência direta.
É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro. Esse centro é falso, porque você contém o seu Centro Verdadeiro.
Este, não é da conta de ninguém.
Ninguém o modela, você vem com ele. Você nasce com ele.
Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Este é o Eu. E o outro centro, que lhe é dado pela sociedade - o ego. Ele é algo falso - e é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente então a sociedade o aprecia.
Você tem que caminhar de uma certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente então a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, quem você é.
Os outros deram-lhe a idéia.
Essa idéia é o ego.
Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a menos que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o Eu.
E lembre-se, vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará despedaçado, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo, quando todos os limites se dissolverão.
Você estará simplesmente confuso, um caos.
Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos antes de atingir o Centro Verdadeiro.
E se você for ousado, o período será curto.
Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas.
Ouvi dizer:
Uma criancinha estava visitando seus avós. Ela tinha apenas quatro anos de idade. De noite, quando a avó a estava fazendo dormir, ela de repente começou a chorar e a gritar: "Eu quero ir para casa. Estou com medo do escuro”.
Mas a avó disse: "Eu sei muito bem que em sua casa você também dorme no escuro; eu nunca vi a luz acesa: Então por que você está com medo aqui?”
O menino disse: "Sim, é verdade - mas aquela é a minha escuridão. Esta escuridão é completamente desconhecida”.
Até mesmo com a escuridão você sente: "Esta é minha”.
Do lado de fora - uma escuridão desconhecida.
Com o ego você sente: "Esta é a minha escuridão”.
Pode ser problemática, pode criar muitos tormentos, mas ainda assim, é minha. Alguma coisa em que se segurar, alguma coisa em que se agarrar, alguma coisa sob os pés; você não está em um vácuo, não está em um vazio. Você pode ser infeliz, mas pelo menos você é.
Até mesmo o ser infeliz lhe dá ma sensação de "eu sou". Afastando-se disso, o medo toma conta; você começa a sentir medo da escuridão desconhecida e do caos - porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte do seu ser...
É o mesmo que penetrar em uma floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca - a floresta, a selva. Aqui tudo está bem; você planejou tudo. Foi assim que aconteceu.
A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente e cercou-a. Tudo está bem ali.
Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que você possa se sentir em casa ali.
E então você passa a sentir medo.
Além da cerca existe perigo.
Além da cerca você é, tal como dentro da cerca você é - e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está oculto.
Precisamos ser ousados, corajosos.
Precisamos dar um passo para o desconhecido.
Por um certo tempo, todos os limites ficarão perdidos.
Por um certo tempo, você vai sentir-se atordoado.
Por um certo tempo, você vai sentir-se muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.
Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas.
Esta é a sua Alma, o Eu.
Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem.
Mas esta não é a ordem da sociedade - é a própria ordem da existência.
É o que Buda chama de Dhamma, Lao Tzu chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência. Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas.
A diferença é a mesma que existe entre uma flor verdadeira e uma flor de plástico ou de papel. O ego é uma flor de plástico, morta. Não é uma flor, apenas parece com uma flor. Até mesmo lingüisticamente, chamá-la de flor está errado, porque uma flor é algo que floresce. E essa coisa de plástico é apenas uma coisa e não um florescer. Ela está morta. Não há vida nela.
Você tem um centro que floresce dentro de você. Por isso os hindus o chamam de lótus - é um florescer. Chamam-no de o lótus das mil pétalas. Mil significa infinitas pétalas. O centro floresce continuamente, nunca para, nunca morre.
Mas você está satisfeito com um ego de plástico.
Existem algumas razões para que você esteja satisfeito. Com uma coisa morta, existem muitas vantagens. Uma é que a coisa morta nunca morre. Não pode - nunca esteve viva. Assim você pode ter flores de plástico, e de certa forma elas são boas. Elas são permanentes; não são eternas mas são permanentes.
A flor verdadeira, a flor que está lá fora no jardim, é eterna, mas não é permanente. E o eterno tem uma maneira própria de ser eterno. A maneira do eterno é nascer muitas e muitas vezes... e morrer. Através da morte, o eterno se renova, rejuvenesce.
Para nós, parece que a flor morreu - ela nunca morre.
Ela simplesmente troca de corpo, assim está sempre fresca.
Ela deixa o velho corpo e entra em um novo corpo. Ela floresce em algum outro lugar, nunca deixa de estar florescendo.
Mas não podemos ver a continuidade porque a continuidade é invisível. Vemos somente uma flor, outra flor; nunca vemos a continuidade.
Trata-se da mesma flor que floresceu ontem.
Trata-se do mesmo sol, mas em um traje diferente.
O ego tem uma certa qualidade - ele está morto. É de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não o precisa procurar; a busca não é necessária para ele. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente uma parte da multidão. Você é apenas uma turba.
Quando você não tem um centro autêntico, como você pode ser um indivíduo?
O ego não é individual. O ego é um fenômeno social - ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o eu.
E por isso você é tão infeliz.
Com uma vida de plástico, como você pode ser feliz?
Com uma vida falsa, como você pode ser extático e bem-aventurado? E esse ego cria muitos tormentos, milhões deles.
Você não pode ver, porque se trata da sua escuridão. Você está em harmonia com ela.
Você nunca reparou que todos os tipos de tormentos acontecem através do ego? Ele não o pode tornar abençoado; ele pode somente torná-lo infeliz.
O ego é o inferno.
Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego continua encontrando motivos para sofrer.
Uma vez eu estava hospedado na casa de Mulla Nasrudin. A esposa estava dizendo coisas muito desagradáveis a respeito de Mulla Nasrudin, com muita raiva, aspereza, agressividade, muito violenta, a ponto de explodir. E Mulla Nasrudin estava apenas sentado em silêncio, ouvindo. Então, de repente, ela se voltou para ele e disse: "Então, mais uma vez você está discutindo comigo!”.
Mulla disse: "Mas eu não disse uma única palavra!"
A esposa replicou: "Sei disso - mas você está ouvindo muito agressivamente”.
Você é um egoísta, como todos são. Alguns são muito grosseiros, evidentes, e estes não são tão difíceis. Outros são muito sutis, profundos, e estes são os verdadeiros problemas.
O ego entra em conflito com outros continuamente porque cada ego está extremamente inseguro de si mesmo. Tem que estar - ele é uma coisa falsa. Quando você nada tem nas mãos, mas acredita ter algo, então haverá um problema.
Se alguém disser: "Não há nada", imediatamente começa a briga porque você também sente que não há nada. O outro o torna consciente desse fato.
O ego é falso, ele não é nada.
E você também sabe isso.
Como você pode deixar de saber isso? É impossível! Um ser consciente - como pode ele deixar de saber que o ego é simplesmente falso? E então os outros dizem que não existe nada - e sempre que os outros dizem que não existe nada, eles batem numa ferida, eles dizem uma verdade - e nada fere tanto quanto a verdade.
Você tem que se defender, porque se você não se defende, se não se torna defensivo, onde estará você?
Você estará perdido.
A identidade estará rompida.
Assim, você tem que se defender e lutar - este é o conflito. Um homem que alcança o Eu nunca se encontra em conflito algum. Outros podem vir e entrar em choque com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.
Aconteceu de um mestre Zen estar passando por uma rua. Um homem veio correndo e o golpeou duramente.
O mestre caiu. Logo se levantou e voltou a caminhar na mesma direção na qual estava indo antes, sem nem ao menos olhar para trás.
Um discípulo estava com o mestre. Ele ficou simplesmente chocado. Ele disse: "Quem é esse homem? O que significa isso? Se a gente vive desta maneira, qualquer um pode vir e nos matar. E você nem ao menos olhou para aquela pessoa, quem é ela, e por que ela fez isso?"
O mestre disse: "Isso é problema dela, não meu."
Você pode entrar em choque com um iluminado, mas esse é seu problema, não dele. E se você fica ferido nesse choque, isso também é problema seu. Ele não o pode ferir. É como bater contra uma parede - você ficará machucado, mas a parede não o machucou.
O ego sempre está procurando por algum problema. Por quê? Porque se ninguém lhe dá atenção o ego sente fome.
Ele vive de atenção.
Assim, mesmo se alguém estiver brigando e com raiva de você, mesmo isso é bom, pois pelo menos você está recebendo atenção. Se alguém o ama, isso está bem. Se alguém não o está amando, então até mesmo a raiva servirá. Pelo menos a atenção chega até você. Mas se ninguém estiver lhe dando qualquer atenção, se ninguém pensa que você é alguém importante, digno de nota, então como você vai alimentar o seu ego?
A atenção dos outros é necessária.
Você atrai a atenção dos outros de milhões de maneiras; veste-se de um certo jeito, tenta parecer bonito, comporta-se bem, torna-se muito educado, transforma-se. Quando você sente o tipo de situação que está ocorrendo, você imediatamente se transforma para que as pessoas lhe dêem atenção.
Esta é uma forma profunda de mendicância.
Um verdadeiro mendigo é aquele que pede e exige atenção. Um verdadeiro imperador é aquele que vive em sua interioridade; ele tem um centro próprio, não depende de mais ninguém.
Buda sentado sob sua árvore Bodhi... se o mundo inteiro de repente vier a desaparecer, isso fará alguma diferença para Buda? - nenhuma. Não fará diferença alguma, absolutamente. Se o mundo inteiro desaparecer, não fará diferença alguma porque ele atingiu o centro.
Mas você, se sua esposa foge, se ela pede divórcio, se ela o deixa por outro, você fica totalmente em pedaços - porque ela lhe dava atenção, carinho, amor, estava sempre à sua volta, ajudando-o a sentir-se alguém. Todo o seu império está perdido, você está simplesmente despedaçado. Você começa a pensar em suicídio. Por quê? Por que, se a esposa o deixa, você deveria cometer suicídio? Por que, se o marido a deixa, você deveria cometer suicídio? Porque você não tem um centro próprio. A esposa estava lhe dando o centro; o marido estava lhe dando o centro.
É assim que as pessoas existem. É assim que as pessoas se tornam dependentes umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ela deixa de ser uma escrava. Tente entender isso.
E comece a procurar o ego - não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que é o falso centro que entrou em choque com alguém.
Você esperava algo e isso não aconteceu.
Você esperava algo e justamente o contrário aconteceu - seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.
As causas não estão fora de você.
A causa básica está dentro de você - mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta:
Quem está me tornando infeliz?
Quem está causando minha raiva?
Quem está causando minha angústia?
E se olhar para fora, você não perceberá.
Simplesmente feche os olhos e olhe para dentro.
A origem de toda a infelicidade, a raiva, a angústia, está oculta dentro de você; é o seu ego.
E se você encontrar a origem, será fácil ir além dela. Se você puder ver que é o seu próprio ego que lhe causa problemas, você vai preferir abandoná-lo - porque ninguém é capaz de carregar a origem da infelicidade, uma vez que a tenha entendido.
E lembre-se, não há necessidade de abandonar o ego.
Você não o pode abandonar.
Se você o tentar abandonar, estará apenas conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: "Tornei-me humilde".
Não tente ser humilde. Isso é o ego novamente; às escondidas, mas não morto.
Não tente ser humilde.
Ninguém pode tentar ser humilde e ninguém pode criar a humildade através do próprio esforço - não. Quando o ego já não existe, uma humildade vem até você. Ela não é uma criação. É uma sombra do seu verdadeiro centro.
E um homem realmente humilde não é nem humilde nem egoísta.
Ele é simplesmente simples.
Ele nem ao menos se dá conta de que é humilde.
Se você se dá conta de que é humilde, o ego continua existindo.
Olhe para as pessoas humildes... Existem milhões que acreditam ser muito humildes. Eles se curvam com facilidade, mas observe-as - elas são os egoístas mais sutis. Agora a humildade é a sua fonte de alimento. Elas dizem: "Eu sou humilde", e olham para você esperando que você as valorize.
Gostariam que você dissesse: "Você é realmente humilde, na verdade, você é o homem mais humilde do mundo; ninguém é tão humilde quanto você”.E então observe o sorriso que surge em seus rostos.
O que é o ego? O ego é uma hierarquia que diz: "Ninguém se compara a mim”.Ele pode se alimentar da humildade - “Ninguém se compara a mim, sou o homem mais humilde”.
Aconteceu certa vez:
Um faquir, um mendigo, estava orando em uma mesquita, de madrugada, enquanto ainda estava escuro. Era um dia religioso qualquer para os muçulmanos, e ele estava orando e dizendo: "Eu não sou ninguém, eu sou o mais pobre dos pobres, o maior pecador entre os pecadores”.
De repente havia mais uma pessoa orando. Era o imperador daquele país, e ele não havia percebido que havia mais alguém ali orando - estava escuro e o imperador também estava dizendo: "Eu não sou ninguém. Eu não sou nada. Eu sou apenas um vazio, um mendigo à sua porta”.Quando ouviu que mais alguém estava dizendo a mesma coisa, o imperador disse: "Pare! Quem está tentando me superar? Quem é você? Como ousa dizer, diante do imperador, que você não é ninguém, quando ele está dizendo que não é ninguém?"
É assim que o ego funciona. Ele é tão sutil! Suas maneiras são tão sutis e astutas; você deve estar muito, muito alerta, somente então você o perceberá. Não tente ser humilde. Apenas tente ver que todo o tormento, toda a angústia vem através dele.
Apenas observe! Não há necessidade de o abandonar.
Você não o pode abandonar. Quem o abandonará? Então o abandonador se tornará o ego. Ele sempre volta.
Faça o que fizer, fique de fora, olhe, e observe.
Qualquer coisa que você faça - modéstia, humildade, simplicidade - nada vai ajudar. Somente uma coisa é possível, e esta é simplesmente observar e ver que o ego é a origem de toda a infelicidade. Não diga isso. Não repita isso. Observe. Porque se eu disser que ele é a origem de toda a infelicidade e você repetir isso, então será inútil. Você tem que chegar a esse entendimento. Sempre que você estiver infeliz, apenas feche os olhos e não tente encontrar alguma causa externa. Tente perceber de onde está vindo essa miséria.
Ela está vindo do seu próprio ego.
Se você continuamente percebe e compreende, e a compreensão de que o ego é a causa chega a se tornar profundamente enraizada, um dia você repentinamente verá que ele desapareceu. Ninguém o abandona - ninguém o pode abandonar. Você simplesmente vê; ele simplesmente desapareceu, porque a própria compreensão de que o ego é a causa de toda a infelicidade, se torna o abandonar. A própria compreensão significa o desaparecimento do ego.
E você é tão brilhante em perceber o ego nos outros. Qualquer um pode ver o ego do outro. Mas quando se trata do seu, surge o problema - porque você não conhece o território, você nunca viajou por ele.
Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria - então ela simplesmente desaparece.
Quando você sabe que ele é o veneno, ele desaparece. Quando você sabe que ele é o fogo, ele desaparece. Quando você sabe que este é o inferno, ele desaparece.
E então você nunca diz: "Eu abandonei o ego”.Então você simplesmente ri de toda esta história, dessa piada, pois você era o criador de toda a infelicidade.
Eu estava olhando alguns desenhos de Charlie Brown. Em um Cartum ele está brincando com blocos, construindo uma casa com blocos de brinquedo. Ele está sentado no meio dos blocos, levantando as paredes. Chega um momento em que ele está cercado: ele levantou paredes em toda a volta. E ele começa a gritar: "Socorro, socorro!”.
Ela fez a coisa toda! Agora ele está cercado, preso. Isso é infantil, mas é justamente o que você fez. Você fez uma casa em toda a sua volta, e agora você está gritando: "Socorro, socorro!" E o tormento se torna um milhão de vezes maior - porque há os que socorrem, estando eles próprios no mesmo barco.
Aconteceu de uma mulher muito atraente ir ao psiquiatra pela primeira vez. O psiquiatra disse: "Aproxime-se, por favor."
Quando ela chegou mais perto, ele simplesmente deu um salto, abraçou e beijou a mulher.
Ela ficou chocada.
Então ele disse: "Agora sente-se. Isso resolve o meu problema, agora, qual é o seu?"
O problema se multiplica, porque há pessoas que querem ajudar, estando no mesmo barco. E elas gostariam de ajudar, porque quando você ajuda alguém, o ego se sente muito bem, porque você é um grande salvador, um grande guru, um mestre; você está ajudando tantas pessoas! Quanto maior a multidão de seus seguidores, melhor você se sente.
Mas você está no mesmo barco - você não pode ajudar.
Pelo contrário, você prejudicará.
Pessoas que ainda têm os seus próprios problemas não podem ser de muita ajuda. Somente alguém que não tenha problemas próprios o pode ajudar. Somente então existe a clareza para ver, para ver através de você. Uma mente que não tem problemas próprios pode vê-lo, você se torna transparente.
Uma mente que não tem problemas próprios pode ver através de si mesma; por isso ela torna-se capaz de ver através dos outros.
É difícil ver o próprio ego.
É muito fácil ver o ego dos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.
Tente ver o seu próprio ego.
Simplesmente observe.
Não tenha pressa de o abandonar, simplesmente observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Não existe outra maneira. Você não o pode abandonar prematuramente.
Ele cai exatamente como uma folha seca.
A árvore não está fazendo nada - apenas uma brisa, uma situação, e a folha seca simplesmente cai. A árvore nem mesmo percebe que a folha seca caiu. Ela não faz qualquer barulho, ela não faz qualquer anúncio - nada.
A folha seca simplesmente cai e se despedaça no chão, apenas isso.
Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo.
Ela pousa no chão e morre por si mesma. Você não fez nada, portanto você não pode afirmar que você a deixou cair. Você vê que ela simplesmente desapareceu, e então o verdadeiro centro surge.
E este centro verdadeiro é a Alma, o Eu, o Deus, a Verdade, ou como o quiser chamar.
Ele é inominável, assim todos os nomes são bons.
Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir.



Osho - Livro: Além das Fronteiras da Mente



DICAS:

TESTE DE PERSONALIDADE


Pegue uma caneta ou lápis e papel, anote as respostas e depois veja a resposta abaixo. Este teste demonstra a sua personalidade de agora, não o que você foi no passado. Este é um teste real dado pelo Departamento de Relações Humanas de muitas grandes empresas.

PERGUNTAS:

01. Quando você sente melhor?

(a) pela manhã;
(b) durante a tarde e final de tarde;
(c) tarde da noite.


02. Você normalmente caminha:

(a) bastante rápido, com passos longos;
(b) bastante rápido, com passos curtos e ligeiros;
(c) menos rápido e cabeça para cima, olhando o mundo de frente;
(d) menos rápido, com a cabeça para baixo;
(e) muito lentamente.


03. Ao falar com pessoas você:

(a) fica de pé com seus braços dobrados;
(b) fica com suas mãos apertadas (fechadas);
(c) com uma ou ambas mãos em seus quadris;
(d) toca ou empurra a pessoa a quem você esta falando;
(e) brinca com sua orelha, toca seu queixo, ou alisa seu cabelo.



04. Ao relaxar, você se senta com:

(a) seus joelhos dobrados juntos lado a lado com suas pernas;
(b) cruza suas pernas;
(c) com suas pernas esticadas ou abertas
(d) uma perna debaixo de você.


05. Quando algo realmente o fizer rir, você reage com:

(a) uma gargalhada;
(b) uma risada, mas não muito alta;
(c) um quieto riso;
(d) um sorriso embaraçado.



06. Quando você vai para uma festa ou reunião social você:

a) faz uma entrada chamativa assim todo o mundo o nota;
(b) faz uma entrada quieta, enquanto procura conhecidos;
(c) faz uma entrada mais quieta, tentando ficar desapercebido.



07. Você esta trabalhando muito firme, muito concentrado, e te interrompem. Você:

(a) dá boas vindas a interrupção;
(b) fica extremamente irritado;
(c) varia entre estes dois extremos.



08. O qual das cores seguintes você gosta mais?

(a) vermelho ou laranja;
(b) preto;
(c) amarelo ou azul claro;
(d) verde;
(e) escuro azul ou roxo;
(f) branco;
(g) marrom ou cinza.


09. Quando você já esta na cama, nesses últimos momentos antes de ir dormir, você deita:

(a) reto de costas;
(b) reto de bruços;
(c) em seu lado, ligeiramente curvo;
(d) com sua cabeça em um braço;
(e) com sua cabeça debaixo das cobertas.


10. Você freqüentemente sonha que você está:

(a) caindo;
(b) lutando ou discutindo;
(c) procurando algo ou alguém;
(d) voando ou flutuando;
(e) você normalmente não tem sonhos (não lembra);
(f) seus sonhos sempre são agradáveis.



PONTOS:
01. (a) 2; (b) 4; (c) 6
02. (a) 6; (b) 4; (c) 7; (d) 2; (e) 1
03. (a) 4; (b) 2; (c) 5; (d) 7; (e) 6
04. (a) 4; (b) 6; (c) 2; (d) 1
05. (a) 6; (b) 4; (c) 3; (d) 5; (e) 2
06. (a) 6; (b) 4; (c) 2
07. (a) 6; (b) 2; (c) 4
08. (a) 6; (b) 7; (c) 5; (d) 4; (e) 3; (f) 2; (g) 1
09. (a) 7; (b) 6; (c) 4; (d) 2; (e) 1
10. (a) 4; (b) 2; (c) 3; (d) 5; (e) 6; (f) 1


Agora some os seus pontos, se sua soma deu:



MAIS DE 60 PONTOS:

Outros o vêem como alguém que eles deveriam tomar cuidado, que você é visto como vaidoso, egocêntrico, e que e extremamente dominante. Outros podem o admirar, desejando que eles poderiam estar mais como você, mas não confiam sempre em você, hesitando de se tornarem muito envolvidos com você.


51 A 60 PONTOS:

Outros o vêem como uma pessoa animada, de personalidade altamente volátil, bastante impulsiva; um líder natural, que rapidamente toma decisões, entretanto não sempre certa. Eles o vêem como tipo arrojado e aventureiro, alguém que tentará qualquer coisa uma vez; alguém que se arrisca e desfruta uma aventura. Eles gostam de estar em sua companhia por causa da excitação que você radia.

41 A 50 PONTOS:

Outros o vêem como vivo, encantador, divertido, prático, e sempre interessante; alguém que constantemente está no centro da atenção, mas suficientemente sensato não deixar isto subir para a cabeça. Eles também o vêem como amável, considerado, e compreensivo; alguém que sempre os animará e os ajudará.


31 A 40 PONTOS:

Outros o vêem como sensato, cauteloso, cuidadoso e prático. Eles o vêem como inteligente, talentoso, ou abençoado, mas modesto... Uma pessoa que não faz os amigos muito depressa ou facilmente, mas alguém que extremamente leal aos amigos, e que espera a mesma lealdade em retorno. Esses que realmente conseguem saber que é difícil abalar sua confiança em seus amigos, mas igualmente que leva muito tempo para superar isto se aquela confiança foi quebrada.


21 A 30 PONTOS:

Seus amigos o vêem como diligente e nervoso. Eles o vêem como muito cauteloso, extremamente cuidadoso. Realmente os pega de surpresa se você faz algo impulsivamente ou no ato do momento, esperando que você examinasse tudo cuidadosamente de todos os lados e então, normalmente, decide contra isto. Eles pensam que esta reação e causada em parte por sua natureza cuidadosa.



ABAIXO DE 21 PONTOS:

As pessoas pensam que você é tímido, nervoso, e indeciso, alguém que precisa pensar mais, que sempre quer que outra pessoa tome as decisões e que não quer se envolver com qualquer um ou qualquer coisa. Eles o vêem como um preocupado que sempre vê problemas que não existem. Algumas pessoas pensam que você é enfadonho. Só os que conhecem bem sabem que você não.


* Desconheço a autoria desse teste!




MOMENTO PARA REFLETIR...


NOS FIZERAM ACREDITAR

(Arnaldo Jabor)


“Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer,
só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado,
Nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós
é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido
quando encontramos a outra metade.

Não contaram que já nascemos inteiros,
que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas
a responsabilidade de completar o que nos falta:
a gente cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada
"dois em um": duas pessoas pensando igual,
agindo igual, que era isso que funcionava.

Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria
é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório
e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados,
que os que transam pouco são caretas,
que os que transam muito não são confiáveis,
e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.

Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz,
a mesma para todos, e os que escapam dela
estão condenados à marginalidade.

Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas,
são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.

Cada um vai ter que descobrir sozinho.

E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo,
vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém".




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